Alexandra-DR2

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   Formador: Moas, Carlos

        Formanda: Alexandra Patrícia

 

 

                                   

 

 

 

 

 

               

    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Formanda: Alexandra Patrícia Cardoso Vieira Miranda

Data: Novembro de 2010

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 A Agricultura Tradicional

 

A agricultura faz parte do sector primário (em Portugal). Os negócios importantes neste sector incluem agricultura, a avicultura, a pesca, a pecuária, a silvicultura, a mineração e o agro negócio em geral. A agricultura tradicional é um tipo de agricultura praticada numa pequena propriedade ou quintal. Este tipo de agricultura utiliza técnicas rudimentares, artesanais e ancestrais. A produção dos produtos cultivados é para consumo e subsistência das famílias que a praticam.

Os povos usavam arados, enxadas, foices, arados de mão não usavam pesticidas nem adubos, mas sim estrume dos seus animais, cinzas ou folhas para fertilizar as suas terras. Por causa disto, a sua produtividade era bem baixa e quase sempre para consumo próprio.

 

Reflexão sobre a Agricultura antiga e a Agricultura moderna

 

Hoje está constatado cientificamente: que o método de cultura determina a qualidade do solo; que o solo determina o equilíbrio da planta; que a planta, por sua vez, determina a qualidade do sangue do homem e do animal que dela se alimenta. Os alimentos normalmente apresentados aos consumidores são muitas vezes desnaturados com o consumo excessivo de  adubos, pesticidas,  por métodos de criação dos animais (hormônios, vacinas, certos produtos veterinários nocivos),  pela indústria alimentícia (refinação, aditivos, corantes, conservantes ...) Para manter a saúde, cada indivíduo precisa de alimentos sadios, isentos de qualquer tipo de poluição e de alteração.
É necessário esclarecer que existem diferenças entre a agricultura tradicional e a agricultura praticada atualmente.

Chama-se agricultura tradicional o conjunto de técnicas de cultivo que vem sendo utilizado durante vários séculos pelos camponeses e pelas comunidades indígenas. Estas técnicas priorizam a utilização intensiva dos recursos naturais e da mão-de-obra directa. A agricultura tradicional é praticada em pequenas propriedades e destinada à subsistência da família camponesa ou da comunidade indígena, com a produção de grande variedade de produtos. Desde o final da Segunda Guerra Mundial, teve início um processo de declínio da agricultura tradicional praticada até então. Na década de 60, começa a ser implantada uma nova agricultura, chamada moderna, que se caracteriza pelo grande uso de insumos externos, utilização de máquinas pesadas, mau manejo do solo, uso de adubação química e biocidas. A agricultura moderna existe há poucos anos e já demonstra o colapso das suas técnicas. Desta forma, não pode ser considerada uma agricultura de facto sustentável, ao contrário da agricultura tradicional, que tem centenas de anos de história e sustentabilidade a longo prazo.
O termo mais adequado para denominar a agricultura praticada atualmente é agricultura moderna, convencional, química ou de consumo. Esta agricultura teve origem a partir de modificações na base técnica da produção agrícola, o que se chamou de modernização, e apresenta consequências que demonstram sua insustentabilidade. O consumo exagerado de entradas externas, ou seja, entradas de fora da propriedade ou de sua região, geralmente são de alto custo e causam a dependência financeira, tecnológica e biológica do produtor. A produção destas entradas não passa pelo produtor e não é influenciada por ele, gerando a dependência financeira e a dominação do fornecedor. Da mesma forma, sua aplicação não é de conhecimento e controle do produtor, de onde vem a dependência tecnológica e, junto com ela, a biológica, no que se refere à manipulação genética e uso de microoganismos. As sementes tradicionais, que eram selecionadas e utilizadas pelos camponeses ano após ano,têm se vindo a perder. Hoje, existe apenas uma pequena variedade de plantas em que se consegue obter a mesma produção a cada safra. Em geral, o produtor não consegue mais utilizar a mesma semente, tem que adquirir outras variedades e usar novas técnicas. É o que acontece com a semente híbrida, que exemplifica a típica ideologia da agricultura moderna: o consumo permanente. Na agricultura moderna, tudo que é produzido de dejectos, efluentes ou resíduos é lixo. Estes subprodutos são depositados na natureza, causando grande impacto ambiental. Esta maneira de pensar consumista é uma concepção muito nova, moderna mas destruidora, não-regenerativa que reflecte a falta de harmonia entre homem e ambiente e a despreocupação com o todo.

 O mesmo acontece nas cidades. A área onde são construídas as cidades é a mesma em que são colocados os dejectos produzidos por elas. Isto significa o homem poluir a si mesmo. A utilização de máquinas pesadas também faz parte da ideologia da agricultura moderna. Quanto maiores forem as máquinas, mais tecnologia e estatuto representam. No entanto, estas máquinas têm um alto custo e exigem financiamentos que causam o endividamento do produtor agrícola. Isto não é sustentabilidade. Outro inconveniente do uso de máquinas pesadas é o grande impacto na estrutura do solo e o afastamento do agricultor da terra. A desestruturação do solo causa a pulverização e compatacção da terra. Já o afastamento do agricultor da terra faz com que se perca o contacto com a mesma, o diálogo com a natureza e a observação das plantas e animais fica nulo. Além disto, também possui consequências sociais, como a migração do povo para as cidades por causa de financiamentos que acabam comprometendo a propriedade.


O mau manejo e o uso intensivo do solo também provocam desestruturação. Na camada mais superficial, o solo fica desintegradode tanta  pulverização. Na camada mais profunda, o solo fica compactado pelo uso sistemático de máquinas pesadas. Com o tempo, forma-se uma camada dura e compactada em baixo da terra e uma camada fofa e pulverizada em cima, que, teoricamente, seria o ideal para receber a semente.

 
Este é o custo ambiental da agricultura moderna e do mau manejo do solo. A adubaçao química pesada, de alto custo, causa o desequilíbrio fisiológico da planta, o desequilíbrio ecológico do solo e a dependência do agricultor. As plantas possuem um mecanismo de resistência a "pragas" "insectos com fome" que destroíem tudo por onde passam. As plantas equilibradas não são boas hospedeiras ou bons alimentos para bactérias, fungos, vírus, insetos, nematóides, ácaros. Isto ocorre porque estas plantas apresentam na sua seiva proteínas complexas que não podem ser desdobradas por estes organismos pela falta de enzimas necessárias para a quebra das cadeias de proteínas. Já as plantas desequilibradas por aplicação de produtos químicos, por variações de clima, por inadequação da espécie à região, são bons alimentos, pois possuem menor capacidade de metabolização dos aminoácidos livres para transformá-los em proteínas complexas. Desta forma, o inseto dito "praga" tem condições de evoluir, já que os aminoácidos livres são alimento para ele. Além disso, quando o agricultor trabalha com adubação química constane, cria a necessidade cada vez maior de utilização de nutrientes químicos, ocorrendo sua dependência económica e cultural.

 
O uso frequente e intensivo de ,herbicidas, inseticidas, fungicidas, etc, é uma prática de consequências bastante graves. Os adeptos da agricultura moderna não gostam deste termo, mas, na verdade, os pestícidas são produtos que matam a vida. Alguns matam ervas, insetos, ácaros, mas se o homem come estes produtos também fica afetado com  doenças como cancros e degenerações genéticas ou até morrer.

 
 A destruição de alimentos, o consumo exagerado, a insustentabilidade a longo prazo e o balanço energético negativo também são características próprias da agricultura moderna. Dentro das estruturas de transformação de alimentos, a insuficiência do processo são muito grandes.

 
A agricultura moderna é extremamente consumista, não fecha ciclos, não tem a preocupação de reciclar, de regenerar, de fazer com que o produto retorne para a fonte. O material orgânico não retorna para a agricultura e a sociedade moderna consome mais do que produz. E isto tem reflexos na insustentabiliade da agricultura moderna.

 
Considerando-se a história da humanidade, este novo modelo de agricultura está em prática há muito pouco tempo. No entanto, já mostra seu colapso. Deve-se perceber este colapso e encontrar caminhos; um deles é retomar a agricultura tradicional das vacas e dos burros e voltar a pôr em prática os métodos grícolas já esquecidas eencontrar alternativas sustentáveis para a agricultura. Como alternativa à agricultura moderna amplamente praticada atualmente, existe também agricultura ecológica, a agricultura Orgânica.

 

Razão para consumir produtos biológicos


Não está ainda provado que o consumo de produtos alimentares biológicos tenha efeitos benéficos na saúde dos consumidores; mas profissionais reportados a esta área defendem que os legumes cultivados em agricultura biológica reforçam o sistema imunitário e a circulação de vitamina E no sangue, a vitamina E, existente nos legumes verdes com folhas, é um poderoso antioxidante e protege contra doenças cardiovasculares.