STC 6 – DR 2
AGRICULTURA
Formando: João Fernandes
Formador: Carlos Moás
Data: 08/11/2010
Curso: EFA NS “Técnico de Multimédia”
Local: Sol do Ave – Guimarães
A Agricultura
Índice
A Agricultura e sua dependência.. 4 Sector da Economia em que se insere a Agricultura.. 5 Evolução da Agricultura.. 6 Caracterização da Agricultura Tradicional. 7 Tipos de agricultura tradicional. 8 Caracterização da agricultura moderna.. 8 Alguns tipos diferentes de agricultura moderna.. 8 Evolução da agricultura em Portugal. 8 Impactos ambientais causados pela agricultura.. 9 Agricultura biológica.. 10 Motivos para se consumirem produtos biológicos.. 11 Alimentos transgénicos.. 13 Alguns aspectos positivos dos alimentos transgénicos.. 13 Alguns aspectos negativos dos alimentos transgénicos.. 14 Outros.. 14 Conclusão/Reflexão.. 14 No meu ponto de vista, a agricultura em Portugal está diminuta e escassa, vê-se um aproveitamento não nos terrenos chamados agrícolas mas sim das verbas de subsídios para esses mesmos, agora não se vê agricultores ou lavradores como antigamente, quando vinha uma chuva ou vento durante três dias seguidos reivindicavam logo prejuízos e verbas para cobrirem tal acto, sobretudo declaravam prejuízos em certas situações quem sequer cultivo tinham, apoderavam-se da falta de fiscalização no terreno, muitos deles em vez de ter a vinha conforme documentado, têm lá uma casa ou até mesmo um espaço de aluguer para outras actividades.. 14 Bibliografia.. 15
A Agricultura e sua dependência
Os sectores agrícolas, a realidade económica demonstra que o Produto Agrícola mantêm-se praticamente estagnado, precisamente desde há duas décadas. Ou seja, parte da agricultura modernizou-se e ganhou competitividade, mas outra parte vem mantendo níveis de produtividade muito baixos, conferindo uma média global baixa, sem evolução, naturalmente resultante dos sectores que entretanto regrediram, mas também daqueles que, embora tendo sido objecto de modernização, não se organizaram adequadamente de forma a enfrentar o embate competitivo dos mercados globais. O desafio com que está confrontada a agricultura portuguesa é de uma enorme dimensão. Por um lado, a conjuntura dos mercados e a competição com produtos provenientes dos quatro cantos do Mundo, com um perfil de relação qualidade preço vantajosa, produzidos em países com muito melhor organização, ou então em países com custos de produção muito mais baixos. Por outro, os factores endógenos do nosso país. Falta de organização, métodos de trabalho caros e pouco produtivos, desadaptação às novas formas de comercialização, micro propriedade, baixo nível académico dos agricultores, deficiente formação técnico-profissional. Agricultura portuguesa não cresce há tanto tempo, apesar dos vultuosos investimentos registados. Algo tem de ser feito que rompa com a situação actual. Não podemos de uma penada alterar a dimensão das explorações e as competências académicas e técnicas dos nossos agricultores, mas podemos contribuir decididamente para que os investimentos provenientes dos fundos estruturais do Programa de Desenvolvimento Rural, ou seja, o novo quadro comunitário de apoio agrícola para os próximos sete anos sejam bem aplicados em projectos realmente reprodutíveis em criação de valor. Este programa assenta numa visão estratégica para a agricultura portuguesa, e nele poderemos definir como grandes apostas dominantes: as fileiras estratégicas, como o vinho, o azeite, as hortofrutícolas e a floresta. O apoio a estas fileiras terá prioridade. Porquê? Porque o país tem boas condições climáticas para estas culturas, porque há um saber fazer já bem consolidado e porque nestes sectores, com melhor organização e investimentos, mais imateriais do que materiais, poderemos atingir patamares de competitividade excelentes. O conceito de fileira. Um tipo de organização capaz de promover as melhores sinergias, desde a produção agrícola, transformação do produto, até ao consumidor final. Este processo de produção, transformação e comercialização, em lógica de fileira, reduz custos de contexto, custos de produção e torna o produto final mais competitivo. A comercialização agregada. É impensável continuarmos a ter nalgumas destas fileiras agentes económicos relevantes, como as cooperativas, por exemplo, a trabalhar individualmente. Com a concentração da oferta, não só se comercializa por melhores preços e se tem mais garantias de colocação dos produtos, como se defende o próprio sector, dado que, muitas vezes, o que desencadeia baixos preços e perdas de rendimento a todos os agentes é um negócio de ruína feito entre um mega agente comprador e um vendedor pequeno ou médio, fragilizado por falta de liquidez. Lógica de fileira, modernização de processos, concentração da oferta para fazer negócio com mega comerciantes europeus. Não podemos perder mais tempo. O que adianta andar a repetir ideias sobre modelos de trabalho e organização já passados? O que adianta tentar recuperar métodos e práticas que já não voltam, por muito agrado que sintamos por elas? O nosso lugar é no futuro. E ele não espera por nós. Só uma nova visão, decorrente do PDR e dos novos conceitos de economia, adaptados às nossas especificidades regionais, nos pode ajudar a desenvolver uma agricultura criadora de valor.
Sector da Economia em que se insere a Agricultura
Sector Primário Compreende as actividade que se realizam em contacto directo com a natureza. A produção de bens é feita sem os submeter a transformações. Agricultura Esta actividade é conhecida como a arte de cultivar a terra. Iniciou-se durante a pré-história ou neolítico, há cerca de 11.000 anos. Transformar o meio natural em terreno apto para o crescimento de produtos de cultivo. Esta prática depende do clima, dos solos e do relevo. Um terreno produtivo para a Agricultura deve possuir todas as substâncias minerais (azoto, ferro, fósforo e cálcio), solos planos, solos semi-permeáveis, clima ameno e com alguma humidade. Para conservar a fertilidade dos solos existem dois sistemas: o pousio e a rotação de cultivos. O pousio consiste em deixar “descansar” a terra para que recupere as substâncias nutritivas (anualmente). A rotação de cultivos consiste em alternar determinados cultivos num mesmo campo, para que uns lhe tragam ao solo o que os outros lhe tiram. Exemplo: conciliar o cereal com batatas. Além destes sistemas pode deitar-se à terra fertilizantes e adubos. O regadio permite tornar cultivável o solo infértil para a aridez do solo. Aqui a rega pode ser por inundação (ex.: arrozais), infiltração, fazendo chegar a água aos campos por via de canais e sulcos ou por aspersão, deitando água por cima como se fossem gotas de chuva. A Agricultura pode ser intensiva quando é feita com muita mão de obra, trabalhando constantemente a terra sem descansar, obtendo dois terços da colheita por ano (práticas existentes na Europa e na Ásia). Por outro lado a agricultura pode ser extensiva quando se realiza sobre um grande terreno, com poucos trabalhadores e uma só colheita por ano (prática típica das planícies da América do norte). Quando se cultiva um só produto é denominada a monocultura, quando são mais do que um produto designa-se policultura. Também podemos distingir Agricultura de subsistência, própria dos países em vias de desenvolvimento, que serve unicamente para alimentar as famílias e a agricultura comercial, própria dos países desenvolvidos, que serve para exportar produtos para outros países. Os principais produtos agrícolas são: cereais (trigo, cevada, milho, arroz, aveia, etc.), plantas oleaginosas (girassol, soja), plantas têxteis (algodão, linho, cânhamo, juta), plantas comerciais (café, cacau, tabaco, cana-de-açúcar), plantas forraginosas (beterraba, luzerna, trevo), tubérculos (batata, cenoura), plantas hortícolas (verduras, hortaliças e leguminosas) e os pomares.
Evolução da Agricultura
O desenvolvimento tecnológico e cientifico é o uso de tecnologia humana para a agricultura que foi evoluindo da descoberta dos metais, para a máquina a vapor até os tractores de hoje em dia. Em Portugal devido em parte à extinção do morgadio as terras são demasiado pequenas para uso de máquinas e para o desenvolvimento tecnológico. Tradições culturais já não são muito importante devido a que a agricultura já não é tão influenciada por isso, apenas nalgumas tribos de África e/ou América. É uma agricultura de subsistência, ou seja para consumo próprio, é mais praticada nos países subdesenvolvidos:
Possui um carácter rudimentar e rotineiro, utiliza técnicas e instrumentos rudimentares/simples, utiliza fertilizantes naturais, possui um baixo rendimento agrícola, ou seja, tem pouca produtividade. È praticada em explorações agrícolas de reduzida dimensão adopta a policultura, é praticada em regime extensivo, ocupa uma grande percentagem da população activa.
É uma agricultura de mercado, ou seja, praticada para depois vender. Possui carácter científico, ocupa uma reduzida percentagem da população activa, utiliza produtos químicos, possui um elevado rendimento agrícola e altos valores de produtividade. É praticada em explorações agrícolas de grande dimensão (emparcelamento), adopta a monocultura, praticada em regime extensivo, praticada nos países desenvolvidos.
A Agricultura de plantação não passa de empresas vindas de países desenvolvidos para regiões tropicais para cultivarem plantas impossíveis de cultivar em regiões temperadas.
Caracterização da Agricultura Tradicional
A agricultura tradicional é um tipo de agricultura praticada em pequenas propriedades. Normalmente a agricultura tradicional utiliza a poli cultura, ou seja, o cultivo de vários produtos no mesmo local. Este tipo de agricultura utiliza técnicas rudimentares, artesanais e ancestrais. Tem um baixo rendimento e produtividade agrícola, logo tem como destino o auto-consumo e subsistência das famílias que a praticam. Algumas características da agricultura tradicional são: A percentagem de população que a pratica é elevada; Tem um de carácter familiar; Demonstra os conhecimentos técnicos básicos por parte do agricultor; Os instrumentos de trabalho são simples e rudimentares; Tem baixo rendimento e produtividade; Destina-se ao auto-consumo; Fraco investimento de capitais; A terra é trabalhada de uma forma descontínua e intensiva; Predomina a poli cultura.
Tipos de agricultura tradicional
Agricultura tradicional praticada em pequenas propriedades, tem um de carácter familiar, tem baixo rendimento e produtividade, destina-se ao auto-consumo, fraco investimento de capitais.
Caracterização da agricultura moderna
A agricultura moderna surgiu após a primeira fase da Revolução Industrial, situada entre o final do século XVIII e o final do século XIX, com base na utilização da energia a vapor e também da electricidade. Logo, ela é aquela caracterizada pela maior regularização das safras e o aumento da produção agrícola devido à utilização de tractores, colheitadeiras, semeadoras e alguns novos implementos agrícolas.
Alguns tipos diferentes de agricultura moderna
Percentagem de população agrícola activa baixa, carácter empresarial, grandes meios técnicos e tecnologia à disposição, o agricultor é, simultaneamente um empresário, visto que procura estar bem informado relativamente ao seu meio de trabalho, é uma agricultura especulativa e concorrencial (procura o máximo de produção com o mínimo de investimento para alcançar o maior lucro possível), a relação com o mercado é muito intensa (a sua relação com a indústria, comércio e serviços também tem vindo a aumentar), ocupação racional do espaço, sistema de cultivo que visa a especialização, a sua produção destina-se, principalmente, aos mercados, nacionais e mundiais, designando-se, por isso, agricultura de mercado. As agro-indústrias são verdadeiros exemplos de agricultura moderna e científica. Pratica-se nos países desenvolvidos e em algumas áreas dos países menos desenvolvidos.
Evolução da agricultura em Portugal
Hoje a agricultura continua a ser uma actividade económica importante mas também a mais sensível a determinados factores como: O clima em Portugal é temperado e por isso muito propício à agricultura pois a queda sazonal das folhas transmite matéria orgânica para o solo. Devido ao clima quente e seco no verão e frio e chuvoso no Inverno a videira, o sobreiro e o pinheiro sãos as principais culturas em Portugal, pois conseguem crescer com a pouca água que existe no verão e as geadas no Inverno, mas existem já maneiras de plantar espécies em outros países de clima diferente uma dessas maneiras é: o uso de estufas a drenagem de campos e a irrigação. O relevo em Portugal é contrastado, no Norte o relevo é mais acidentado enquanto no Centro e Sul é mais plano, é devido a isso que a agricultura é mais importante no Alentejo e é também o motivo da existência de tanta vinicultura no Norte de Portugal onde se faz o conhecido vinho do Porto que infelizmente é mais explorado pelos estrangeiros. Nos Açores e Madeira o relevo é mais acidentado devido à sua origem vulcânica. Existem poucas montanhas em Portugal que são: a Arrábida, a Serra da Estrela, o Geres e o Buçaco. A dificuldade de cultivar numa montanha tem a ver com as chuvas que lavam o solo de nutrientes e por vezes de terra deixando-o e mm rocha nua, mas existem já maneiras de evitar isso construindo socalcos ainda assim a agricultura praticada seria tradicional devido à impossibilidade da chegada de máquinas a esses locais. O Solo como já antes fora dito é rico devido a localização geográfica de Portugal ser numa zona temperada onde existe a queda sazonal de folhas que leva a uma boa concentração de húmus no solo que os torna mais férteis. Nas zonas frias devido ao gelo também são pobres em nutrientes e nas zonas desérticas e tropicais também são pobres devido à existência em pouca quantidade de matéria orgânica, mas com o uso de adubos químicos já se consegue enriquecer os solos de maneira a ser mais fácil a prática da agricultura. No Norte de Portugal a agricultura é tradicional devido o relevo montanhoso e no sul e centro a agricultura é mais moderna pois já existem mais planícies e as propriedades são maiores.
Impactos ambientais causados pela agricultura
Desmatamento – a derrubada de matas originais, inevitável devido ao crescimento populacional demasiado, vem sendo a causa dos maiores impactos ambientais. Erosão – é a perda de solo causada pela associação do uso incorrecto do solo associado com as chuvas e ventos. Essa perda está retirando todas as camadas superiores do solo, chegando até as rochas, tornando o solo não cultivável. Além disso, a terra que deslizam com as chuvas, soterra rios e lagos, comprometendo o seu caudal e qualidade da água. Perdas de biodiversidade – as espécies formadas durante muitos milhares de anos estão simplesmente a desaparecer com o desmatamento. Essas espécies podem ser necessárias para a produção de medicamentos no futuro. Esgotamento da água doce – muito se engana os que pensam que o consumo doméstico gera os maiores gastos de água. Mais de 60% da água doce é utilizada na irrigação de campos agrícolas. Poluição atmosférica – por mais que a produção de material vegetal capture carbono da atmosfera, o carbono liberado por actividades relacionadas supera a quantidade capturada. Esse carbono é liberado pela queima de diesel dos tractores, produção de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da decomposição de restos de cultura. Poluição de águas – o uso descontrolado de adubos e defensivos agrícolas vem causando sérios problemas de contaminação de águas por resíduos e materiais lixívias no solo, que podem causar problemas inclusive com a infiltração e contaminação de águas potáveis. Desertificação – O uso inadequado do solo, hoje liderado pela produção de gado e outros animais, está a desgastar os solos de forma espantosa, tornando-os quase totalmente inférteis. Isso faz que quase nenhuma planta consiga sobreviver em muitas dessas áreas, tornando-as desertas. Esse processo, infelizmente, é irreversível. Destruição de mananciais – o avanço da agricultura sobre as matas nativas causa destruição das nascentes, por soterramento, impermeabilização, entre outros factores. Geração de resíduos – a produção animal é uma das maiores causas da geração de resíduos, principalmente devido às fezes animais geradas em animais criados em compartimentos. As fezes dos porcos, as fezes de frango, entre outras, estão entre as principais poluidoras de ambientes rurais. Existem muitos outros impactos ambientais que a agricultura, assim como toda permanência do homem, causa.
Agricultura biológica
Simplificando, a agricultura biológica é um sistema agrícola que procura fornecer-lhe a si, consumidor, alimentos frescos, saborosos e autênticos e ao mesmo tempo respeitar os ciclos de vida naturais. Para alcançar isto, a agricultura biológica baseia-se numa série de objectivos e princípios, assim como em práticas comuns desenvolvidas para minimizar o impacto humano sobre o ambiente e assegurar que o sistema agrícola funciona da forma mais natural possível.
As práticas tipicamente usadas em agricultura biológica incluem:
Rotação de culturas, como um pré-requisito para o uso eficiente dos recursos locais. Limites muito restritos ao uso de pesticidas e fertilizantes sintéticos, de antibióticos, aditivos alimentares e auxiliares tecnológicos, e outro tipo de produtos. Proibição absoluta do uso de organismos geneticamente modificados. Aproveitamento dos recursos locais, tais como o uso do estrume animal como fertilizante ou alimentar os animais com produtos da própria exploração. Escolha de espécies vegetais e animais resistentes a doenças e adaptadas às condições locais. Criação de animais em liberdade e ao ar livre, fornecendo-lhes alimentos produzidos segundo o modo de produção biológico. Utilização de práticas de produção animal apropriadas a cada espécie. Cadeia de abastecimento. Mas a agricultura biológica também faz parte duma cadeia de abastecimento maior, que engloba os sectores de transformação, distribuição e revenda, e por último, o próprio consumidor.
- Protecção ambiental - Bem-estar animal - Confiança do consumidor - Sociedade e economia
Cada vez que comprar uma maçã biológica no supermercado local, ou escolher um vinho produzido com uvas biológicas do menu do seu restaurante favorito, pode ter a certeza de que estes produtos foram produzidos de acordo com normas rigorosas, que visam o respeito pelo ambiente e pelos animais.
Motivos para se consumirem produtos biológicos
Valor nutritivo Cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos são capazes de melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas, são capazes de saciar graças ao equilíbrio dos seus constituintes. Diversos estudos realizados indicam que os produtos de Agricultura Biológica são mais ricos em matéria seca, minerais e vitaminas, incluindo anti-oxidantes (importantes na prevenção do cancro). O seu menor teor em água, dando lugar a uma maior concentração em matéria seca e nutrientes, reflecte-se num sabor e aroma mais ricos. Consumir produtos de Agricultura Biológica é, assim, um modo de reencontrar o sabor genuíno e tradicional dos alimentos, uma forma saborosa de promover a saúde.
Biodiversidade A diminuição da diversidade biológica é um dos principais problemas ambientais dos dias de hoje. A Agricultura Biológica perpetua a diversidade das sementes e das variedades locais, recusa os OGM que põem em perigo numerosas variedades de grande valor nutritivo e cultural. A prática da Agricultura Biológica, por não utilizar pesticidas de síntese nem adubos azotados de síntese – que contaminam os lençóis de água potável – é uma garantia permanente de preservação da água pura nos tempos futuros. Os estudos efectuados em França e na Alemanha revelam que o teor de pesticidas na água da chuva ultrapassa largamente, em muitos casos, o teor permitido em água de consumo. Este é motivo suficiente para ponderar se vale a pena continuar a aplicar pesticidas nas quantidades actualmente praticadas. O consumo de alimentos sãos, não desnaturados e isentos de contaminação química, é um meio preventivo por excelência. Nesse sentido, os alimentos biológicos contribuem plenamente para uma alimentação promotora de saúde e bem-estar. A superioridade destes produtos para a alimentação humana tem sido demonstrada em várias vertentes: Sabor Nos solos regenerados e fertilizados organicamente, as plantas crescem saudáveis e desenvolvem, da melhor forma, o seu verdadeiro aroma, as suas autênticas cor e sabor, os quais permitem redescobrir o verdadeiro gosto dos alimentos originalmente não processados. Harmonia A Agricultura Biológica respeita o equilíbrio da Natureza e contribui para um ecossistema saudável. O equilíbrio entre a agricultura e a floresta as rotações das culturas, etc. Permitem a preservação de um espaço rural capaz de satisfazer as gerações vindouras. Garantia de Saúde Numerosos pesticidas, proibidos em determinados países devido à sua toxicidade, continuam a ser utilizados, por vezes vendidos ilegalmente e obtidos por contrabando. Os estudos toxicológicos reconhecem as relações existentes entre os pesticidas e certas patologias, como o cancro, as alergias e a asma. Comunidades Rurais A Agricultura Biológica permite a revitalização da população rural e restitui aos agricultores a verdadeira dignidade e o respeito que lhe são merecidos, da população em geral pelo seu papel de guardião da paisagem e dos ecossistemas agrícolas. Água Pura A prática de agricultura ecológica, que não utiliza produtos perigosos nem grandes quantidades de azoto que contaminam os lençóis de água potável, é uma garantia permanente da obtenção de água pura nos tempos futuros. Educação A Agricultura Biológica é uma grande escola prática de Educação Ambiental. Ela apresenta um modelo de desenvolvimento sustentável no meio rural, deveras promissor para todos os jovens a quem, um dia, caberão as tomadas de decisão da sociedade. Certificação Os produtores agro biológicos seguem um caderno de normas rigoroso, controlado por organismos de certificação segundo regras internacionais reconhecidas, hoje em dia, pelos governos de inúmeros países. Alimentos transgénicosSão alimentos cujo embrião foi modificado em laboratório, pela inserção de pelo menos um gene de outra espécie. Alguns dos motivos de modificação desses alimentos são para que as plantas possam resistir às pragas (insectos, fungos, vírus, bactérias,) e a herbicidas. O mau uso de pesticidas pode causar riscos ambientais, tais como o aparecimento de plantas resistentes a herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água. Porém, deve-se ressaltar que o uso de herbicidas, insecticidas e outros agros tóxicos diminui imensamente com o uso dos transgénicos, já que eles tornam possível o uso de produtos químicos correctos para o problema. Uma lavoura convencional de soja pode utilizar até 5 aplicações de herbicida, enquanto uma lavoura transgénica utiliza apenas 1 aplicação. Alguns produtos são modificados para que contenha um maior valor nutricional, como o arroz dourado da Suíça, que é muito rico em betacaroteno, substância precursora de Vitamina A. O arroz é um alimento muito consumido em todo o mundo, e quando rico em betacaroneto, ajuda a combater as doenças por deficiência de vitamina A.
Alguns vegetais são modificados para resistirem ao ataque de vírus e fungos, como a batata, o mamão, o feijão e banana. Outros são modificados para que a produção seja aumentada e os vegetais sejam de maior tamanho. Existem também alimentos que têm o seu amadurecimento prolongado, resistindo por muito mais tempo após a colheita. Alguns aspectos positivos dos alimentos transgénicos
- Aumento da produção - Maior resistência às pragas (vírus, fungos, bactérias e insectos) - Resistência aos agros tóxicos - Aumento do conteúdo nutricional - Maior durabilidade e tempo de estufarem Alguns aspectos negativos dos alimentos transgénicos
- A selecção natural tende a ser maior nas plantas que não são transgénicas. - Eliminação de populações naturais de insectos, animais e outras espécies de plantas. - Aumento de reacções alérgicas em determinadas pessoas OutrosMuitas plantas são cultivadas e analisadas, porém a comercialização dessas especialidades ainda não está autorizada. Muitos transgénicos ainda não são autorizados para serem comercializados em decorrência da polémica gerada pelo impacto ambiental e reacções alérgicas já observadas em algumas pessoas. A empresa responsável pela autorização do plantio e comercialização é a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBIO). Muitos transgénicos estão chegando à mesa dos consumidores sem as devidas informações. Todos os consumidores têm o direito de saber o conteúdo do produto que está consumindo e as consequências disso, inclusive qual foi a técnica empregada para a melhoria daquele alimento.
Conclusão/Reflexão
No meu ponto de vista, a agricultura em Portugal está diminuta e escassa, vê-se um aproveitamento não nos terrenos chamados agrícolas mas sim das verbas de subsídios para esses mesmos, agora não se vê agricultores ou lavradores como antigamente, quando vinha uma chuva ou vento durante três dias seguidos reivindicavam logo prejuízos e verbas para cobrirem tal acto, sobretudo declaravam prejuízos em certas situações quem sequer cultivo tinham, apoderavam-se da falta de fiscalização no terreno, muitos deles em vez de ter a vinha conforme documentado, têm lá uma casa ou até mesmo um espaço de aluguer para outras actividades.O produto biológico está novamente em alta, nas grandes superfícies já se encontra uma grande oferta destes, apesar de ser um artigo com um custo mais elevado. O artigo biológico é da minha preferência devido ao sabor dos mesmos e ás características nutritivas que eles possuem, para alem disso temos que cada vez mais dar valor e incentivar este tipo de cultivos para assim preservamos o nosso planeta. Os produtos transgénicos são mais consumidos devido ao seu preço ser mais acessível e existir uma maior oferta, este tipo de produtos não se limita a uma época específica, existe todo o ano. O aspecto visual destes produtos por regra são mais atractivos que os produtos biológicos, mas com menos sabor e valor nutricional.
BibliografiaFonte: Jorge Almeida – Notícias de Vila Real ajudaalunos.com geographicae.wordpress.com jrambiente08.blogspot.com ec.europa.eu www.infoescola.com
|