José Freitas-DR2

 

 

 

 

  AGRICULTURA

              

Formando: José Freitas

Formador: Carlos Moas

Data: 2011/03/13

 

 

Índice

1.Introdução. 3

2.A agricultura e sua dependência. 3

3.Sector da Economia em que se insere a agricultura. 3

4.Evolução da agricultura. 4

5.Caracterização da agricultura tradicional. 5

6.Tipos de agricultura tradicional. 6

7.Caracterização da agricultura moderna. 7

8.Alguns tipos diferentes de agricultura moderna. 8

9.Evolução da agricultura em Portugal. 9

10.Impactos ambientais causados pela agricultura. 10

11.Agricultura biológica. 11

12.Motivos para se consumirem produtos biológicos. 12

13.Alimentos transgénicos. 13

16.Conclusão. 14

17.Reflexão sobre a Aprendizagem. 15

18.Fontes / Bibliografia. 16

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

STC6-Sociedade Tecnologia e Ciência

DR2-A Agricultura

1.Introdução.

Ao longo deste trabalho vou falar sobre a importância, a evolução e os objectivos da agricultura, bem como, descrever o quanto a agricultura é importante para a vida do Homem e para a evolução da humanidade, tendo em consideração que é necessário cuidar dela de forma correcta e ainda como a agricultura é importante no mundo. Assim, com esta minha breve reflexão pretendo mostrar alguns dos conteúdos que foram abordados neste módulo de STC6-DR2.

2.A agricultura e sua dependência.

Com a nossa dependência energética mais parece que não temos cuidado correctamente da nossa dependência alimentar. Em questões tão importantes como o solo, a água, os alimentos e a energia, cada país e cada região do mundo têm que tomar essas questões a sério sendo que o mercado livre não garante a correcta gestão dos recursos estratégicos de uma comunidade nem do mundo em geral. Para além de medidas sobre o capital os governos têm que encarar muito mais a sério a gestão dos recursos estratégicos próprios. Faz pouco sentido que se use uma golden share para proteger uma participação portuguesa (dita estratégica) numa empresa brasileira e deixemos chegar a dependência de Portugal em cereais a valores tão preocupantes.

3.Sector da Economia em que se insere a agricultura.

         O sector da economia em que se insere a agricultura, de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados insere-se no sector primário. Este sector económico também pode mostrar o grau de desenvolvimento económico de um país ou de uma região.

         O sector primário integra as actividades extractivas, ou sejam, as actividades que extraem produtos da Natureza. Podem citar-se como exemplos de actividades económicas do sector primário: a agricultura, a extracção mineral, a pesca, a pecuária, a exploração florestal e a caça.

         Este sector da economia (agricultura) é muito vulnerável, pois depende muito dos fenómenos da natureza como, por exemplo, do clima.

 

 

 

4.Evolução da agricultura.

A agricultura teve o seu início há cerca de 10-12 mil anos na região situada entre os rios Nilo, Tigre e Eufrates, conhecida por Crescente Fértil. O cultivo intencional de cereais está associado à sedentarização das populações e à passagem de uma economia recolectora para uma economia produtiva, geradora de excedentes e baseada na exploração da terra.

 

A arte do cultivo das plantas e da domesticação dos animais foi-se transmitindo na Europa de oriente para ocidente e deve ter chegado à Península Ibérica há cerca de 4 mil anos.

 

         Com excepção de algumas técnicas propostas pelos agrónomos romanos (Columela, Plinio, Varrão), a agricultura europeia manteve-se praticamente inalterada até ao séc. XVIII.

 A rotação bienal cereal - pousio herdada do Neolítico, uma alimentação baseada em hidratos de carbono e uma produção animal marginal no sistema, baseada nos ovinos e caprinos que apascentavam os restolhos e os revestimentos espontâneos das terras em pousio, eram os traços mais marcantes da agricultura europeia.

 

         Num processo que se iniciou na Holanda em meados do séc. XVII e que decorreu em Inglaterra no séc. XVIII introduziram-se alterações profundas nas técnicas da produção agrícola. A abolição do pousio, possibilitada por lavouras mais profundas e frequentes e a prática de novas rotações (rotação de Norfolk) conduziram à chamada Revolução Agrícola que, conjuntamente com outros factores, permitiu a Revolução Industrial.

 

         A rotação de Norfolk era constituída por uma cultura sachada (nabo) que abria a rotação, seguida de um cereal, uma leguminosa (trevo violeta) e novamente um cereal. A constituição de prados artificiais (trevo) e a cultura de raízes forrageiras (nabo) permitiu melhorar a alimentação animal o que conduziu à intensificação pecuária e ao melhoramento das raças. A estabulação do gado bovino permitiu dispor de estrume cuja incorporação nos solos levou a aumentos de produtividade.

A terra passou a ser encarada como meio de produção rentável, nascendo uma agricultura do tipo empresarial.

 

         O aumento da produtividade da terra gerou maior disponibilidade de rendimento que foi encaminhado para a procura de têxteis, inicialmente de lã e logo depois de algodão. Esse aumento de produtividade era conseguido, em parte, devido a mobilizações do solo mais profundas e frequentes que exigiam aperfeiçoamentos nos aparelhos aratórios. As peças de madeira foram sendo substituídas por ferro e a utilização do cavalo como animal de tracção incrementou a procura de metal para as ferraduras estimulando, desta forma, a siderurgia e o consumo do carvão.

Se é certo que a Revolução Agrícola, conjuntamente com a explosão demográfica, a evolução dos conhecimentos técnicos e dos transportes ferroviários e marítimos influenciou a Revolução Industrial, não é menos verdade que a indústria estimulou a modernização da agricultura. As contribuições ao nível da maquinaria agrícola, das aplicações da química (adubos e pesticidas) e a melhoria dos transportes que conferiram à agricultura o estímulo do mercado, fizeram-se sentir desde cedo e, mais recentemente, as aplicações da informática foram decisivas na criação da agricultura moderna.

5.Caracterização da agricultura tradicional.

         Em muitas regiões da terra existem práticas da agricultura assentes nas técnicas ancestrais completamente dependentes das condições naturais, é chamada por isso de agricultura de subsistência cujas características são:

 

Elevada percentagem de população agrícola. Os activos destes países menos desenvolvidos ultrapassam os 70%;

 

A produção para a auto-suficiência, pois estes não exportam as suas plantações para os mercados ou se por vezes exportarem, é em quantidades reduzidas;

 

Organizações de tipo familiar ou tribal das explorações, com as tarefas sendo feitas pelos vários elementos desta;

 

Policultura, para possibilitarem a produção de vários e diversos tipos de produtos anuais e assim respondendo às necessidades da família ou do grupo;

 

Agricultura extensiva, ou seja, o elevado número de terras incultas, já que a ocupação do espaço é apenas a necessária para a auto-suficiência do grupo;

 

A falta de conhecimento dos agricultores que utilizam técnicas agrícolas primitivas e recorrem quer a instrumentos, quer a técnicas arcaicas e isto provoca baixa produtividade.

 

Características / Agricultura tradicional:

Dimensão da propriedade / Minifúndio;

Variedade das culturas / Policultura;

Aproveitamento do solo / Extensivo;

Técnicas agrícolas / Rudimentares: enxada, arado, charrua;

Destino da produção / Auto consumo e Mercado local;

Rendimento/Produtividade / Baixo/Baixa;

Força de trabalho / Tracção animal, muita mão-de-obra;

Tipos de países / Em desenvolvimento.

6.Tipos de agricultura tradicional.

A agricultura itinerante sobre queimada – é a forma de agricultura mais primitiva pratica-se nos países em vias de desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, nas áreas de floresta e savana. Existe nomeadamente nas áreas de fraca densidade populacional. Este processo de cultivo consiste na queimada da floresta para o arroteamento de terás e aproveitamento de cinzas. A organização das terras é comunitária, as técnicas e os instrumentos são arcaicos e em relação ao número de culturas é Policultura.

 

A agricultura sedentária de sequeiro – desenvolve-se nas regiões de maior densidade populacional, no continente africano. A fertilização dos solos é feita com o recurso da criação de gado, aproveitando adubo natural (estrume) destes.

 

A agricultura de oásis – verifica-se no norte de África, nas regiões de oásis, caracteriza-se pela intensidade de ocupação do solo, no sistema Policultura e na extrema divisão da propriedade.

 

A agricultura da Ásia, das monções ou rizicultura – é a forma de agricultura mais comum nesta região da Ásia, estando muito estável com o clima, ou seja, estas condições naturais nesta zona são um clima bastante quente e húmido, tem uma grande densidade populacional, os fertilizantes aqui usados são os excrementos do homem e dos animais.

 

Aqui pratica-se o cultivo do arroz, este é produzido em sistemas de monocultura através de técnicas simples e a necessidade de obter várias culturas por ano, leva a que o arroz seja semeado em viveiros e depois transplantado para os arrozais, o que faz com que hajam grandes produções por ano.

 

            Etapas da cultura do arroz:

            1º. As sementes são semeadas num viveiro;

            2º. Enquanto as sementes germinam o arrozal é trabalhado;

            3º. Depois de inundados os arrozais, os “pés” de arroz são transplantados segundo a        técnica de recipagem;

            4º. Enquanto o arroz se desenvolve o campo é sachado;

            5º. Depois é ceifado;

            6º. O arroz é agora tratado e colocado em molhos a secar, entretanto este ciclo     recomeça novamente.

7.Caracterização da agricultura moderna.

A agricultura moderna tem como principal objectivo o maior número de produção possível abastecendo os vários circuitos comerciais, para isso houve uma enorme evolução e modernização desta, começando pelos fertilizantes, maquinações e até mesmo o modo de trabalho mais moderno. Recai principalmente nos países industrializados da Europa como: América do Norte, Japão, Austrália e Nova Zelândia, recaindo também na Argentina e África do Sul.

 

A agricultura moderna apresenta as seguintes características:

Agricultura de mercado é principalmente nos agricultores bem informados que saibam qual é o modo de cultivo mais adequado de maneira a obter o maior lucro possível. Actualmente os agricultores são empresários e frequentam cursos de formação.

 

A agricultura mecanizada é onde todo o processo de produção é feito mecanicamente.

 

Agricultura científica – utiliza técnicas extremamente sofisticadas como uso de fertilizantes, sistemas de irrigação adequados às culturas, correcção dos solos, atribuindo-lhes produtos químicos para corrigir as suas características, uso de estufas e selecção de sementes.

 

Agricultura especializada existente nas regiões de exploração agrícola com produções adaptadas ao clima, relevo e solo com o objectivo de produzir o máximo com menor custo, havendo uma elevada produtividade.

 

 

Agricultura ligada à indústria - fornece a esta actividade matérias-primas, ou seja, são indústrias relacionadas com a actividade agrícola, uma vez que, transformam produtos agrícolas ou a conservação destes

 

 As características desta agricultura são as seguintes:

Agricultura europeia - é uma agricultura praticada em terras de pequena e média dimensão, é bastante mecanizada e recorre muito a fertilizantes químicos. A agricultura europeia tem tido inúmeras transformações e com progressos para uma especialização cada vez mais acentuada, tendo em mente corrigir o excesso de produção em determinados aspectos.

Esta tendência acentuou-se com a criação da PAC (política agrícola comum) que através de subsídios tentou diminuir as produções excedentárias e fundar outras actividades complementares como por exemplo o artesanato, a caça, a pesca, etc.

 

Características / Agricultura moderna:

Dimensão da propriedade / Latifúndio;

Variedade das culturas / Monocultura;

Aproveitamento do solo / Intensivo;

Técnicas agrícolas / Mecanização, estufas, produtos químicos, sistemas de rega;

Destino da produção / Mercado Nacional, Internacional e Indústria;

Rendimento/Produtividade / Elevado e produtividade elevada;

Força de trabalho / Mecanização – libertação de mão-de-obra;

Tipos de países / Desenvolvidos.

 

8.Alguns tipos diferentes de agricultura moderna.

Agricultura Europeia:

Explorações de média e grande dimensão;

Recurso de melhores máquinas, que fizeram como que a mão-de-obra diminuísse;

Os agricultores especializam-se de acordo com as necessidades do mercado;

A produtividade e o rendimento têm valores elevados.

 

Agricultura tipo Norte-Americana:

Caracteriza-se por ser praticada em extensas propriedades, com recurso a uma elevada mecanização e em sistema de monocultura;

O apoio estatal aos agricultores é muito elevado, contribuindo para que se verifiquem elevadas produtividades;

Verificação de uma grande especialização regional.

Agricultura de Plantação:

Pratica-se nos países em desenvolvimento;

É explorada por multinacionais dos países da América do Norte e da Europa;

Nesta agricultura cultiva-se produtos tropicais destinados à exportação;

Localização essencialmente litoral para mais facilmente se proceder ao escoamento dos produtos;

São utilizadas tecnologias modernas com a utilização de mão-de-obra local (mais barata).

 

Agricultura Biológica:

  • Preocupação em favorecer e respeitar a microflora do solo; Lavouras superficiais;
  • Fertilização com Adubos Orgânicos;
  • Mais qualidade nutritiva dos produtos alimentares, mais sabor; mais saudáveis;
  • Melhoria da fertilidade dos solos e menor poluição.

9.Evolução da agricultura em Portugal.

         De acordo com os dados para a economia portuguesa, o sector agrícola terá crescido nas duas últimas décadas a uma taxa anual da ordem de 2.5%. Este valor é significativamente mais elevado do que o registado no conjunto dos 15 países da União Europeia, onde no período 1981-1997, a correspondente taxa de crescimento rondou 1.8%. No entanto, nestas comparações há que ter presente o ponto de partida que, para o caso de Portugal, corresponde a um valor bastante inferior. Com efeito, e a título de exemplo, a agricultura portuguesa representa cerca de 1/3 da grega e 15% da espanhola.

 

         De salientar, porém, que a diferença entre as taxas de crescimento observadas para a agricultura portuguesa, relativamente à média para a União Europeia (UE 15), se fica a dever principalmente às diferenças registadas para o crescimento da produção animal – 2.6% contra 1.15% - uma vez que as correspondentes taxas de evolução da produção vegetal são praticamente idênticas – 2.27% contra 2.04%. Isto não significa, contudo, que essas diferenças não sejam significativas quando comparadas com as de outros países do Sul da Europa, nomeadamente com as registadas na Itália e Grécia.

 

         É de reter que a agricultura portuguesa evidenciou, a partir da década de 80, um ritmo de crescimento que, sem ter sido espectacular, foi contudo superior ao do conjunto dos países da União Europeia, embora tal resulte sobretudo do maior dinamismo registado pela produção animal.

         Com efeito, não só a produtividade média por trabalhador, em Portugal, continua na cauda da dos países comunitários, como a sua taxa de crescimento, na década 1987-97, foi a mais baixa entre os países da Europa mediterrânea. Apesar de todas as limitações associadas ao conceito, não pode deixar de se considerar significativo o facto de, em 1997, a produtividade do trabalho agrícola, em Portugal, pouco ultrapassar 1/4 da média comunitária, 30% da espanhola, e menos de 60% da grega.

         Porém, ainda mais significativo terá de considerar-se o facto de a situação relativa do referido indicador se ter deteriorado no decurso da primeira década de adesão de Portugal à Comunidade, na medida em que essa evolução traduz inequivocamente que o país não soube tirar partido de fundos comunitários de garantia de preços, ou de reconversão (orientação) agrícola, postos à sua disposição no âmbito da PAC.

 

         De facto, os montantes postos à disposição da agricultura portuguesa, no período 1987-97 totalizaram 6993.7 milhões de ECU, ou seja, 26.5% do valor acrescentado bruto do sector agrícola no período, correspondendo os da secção orientação a 11.4% deste mesmo VAB agrícola. Comparativamente à Grécia e à Espanha, dois países igualmente mediterrâneos, esta última percentagem é largamente favorável a Portugal, o que não pode deixar de pôr em causa a estratégia do País, relativamente à utilização dos financiamentos comunitários postos à disposição do sector agrícola nacional.

Acresce que a agricultura portuguesa também não tem sido capaz de implementar uma estratégia competitiva, conducente a uma maior auto-suficiência em produtos agrícolas ou a uma melhoria da sua balança comercial agrícola.

10.Impactos ambientais causados pela agricultura.

A agricultura – actividade que visa retirar do solo recursos alimentares para a sobrevivência do Homem.

A nível global só uma pequena percentagem das terras é fértil.

A actividade agrícola é condicionada por vários factores, naturais (clima; solo; relevo) e humanos (tecnológicos; económicos e sociais):

 

O Clima as necessidades de temperatura, humidade e luz solar variam de planta para planta. O Homem pode superar as dificuldades geradas pelo clima através da construção de estufas ou recurso à rega. Os climas temperados são os mais propícios à agricultura.

 

O Relevo A altitude, a exposição e a inclinação das vertentes são importantes condicionantes. Os solos das altitudes elevadas são pobres (devido à erosão) e difíceis de cultivar. A construção de socalcos atenua as condições naturais adversas.

 

Os Solos Aqueles que são constituídos por maior riqueza, em matéria orgânica e sais minerais são os mais férteis ou os que revelam maior aptidão para o uso agrícola. Se forem muito húmidos ou muito secos também não são bons para a prática da agricultura.

 

Tecnológico se o trabalho for feito por máquinas obtém-se uma maior produtividade e os produtos químicos tornam os solos mais férteis e aumentam o rendimento.

 

Económicos Nas regiões com maior poder económico, investe-se mais na agricultura, tornando-a mais desenvolvida.

 

Sociais Nas regiões onde existem conflitos armados, as pessoas fogem, abandonando os campos e as culturas.

11.Agricultura biológica.

Agricultura orgânica ou agricultura biológica - é um termo frequentemente usado para a produção de alimentos e produtos animais e vegetais que não usam produtos químicos artificiais ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente concorda com origem da agricultura sustentável. A Sua base é holística e põe realce no solo. Os seus consumidores acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos têm uma qualidade superior a alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia, a agricultura orgânica é definida por lei e regulamentada pelo governo.

 

Características:

O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilibro da natureza utilizando métodos naturais de adubação e de controlo de pragas.

A filosofia dos alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, excedendo-se também à pecuária (em que o gado deve ser criado sem remédios ou hormonas), e também ao processamento de todos os seus produtos: alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais.

A cultura de produtos orgânicos não se limita a alimentos. Há uma tendência de crescimento no mercado de produtos orgânicos não alimentares, como fibras orgânicas de algodão (para serem usadas na produção de vestuário). Os entendidos das fibras orgânicas dizem que a utilização de pesticidas em níveis excepcionalmente altos, além de outras substâncias químicas) na produção convencional de fibras representa um abuso do ambiente por parte da agricultura convencional.

A pedologia limitou-se durante décadas ao estudo da estrutura físico-química do solo. Hoje a agronomia ressente-se do seu desconhecimento da micro fauna e microflora do solo e da sua ecologia. Estima-se que 95% dos microrganismos que vivem no solo sejam desconhecidos pela ciência.

Produtos biológicos costumam ser significativamente mais caros que os tradicionais, tanto por causa do maior custo de produção, quanto pelo seu marketing (que explora uma imagem de "apelo ecológico").

Muitos estados nos Estados Unidos oferecem agora uma certificação biológica para os seus fazendeiros. Para um sistema de produção ser certificado como biológico, a terra deve ter sido usada somente com métodos de produção orgânica durante um certo período de anos antes de certificação. Além disso, somente certas substâncias químicas derivadas de produtos naturais (como insecticidas derivados de tabaco podem ser usadas na produção vegetal e /ou animal).

 

No Reino Unido, a certificação orgânica é realizada por algumas organizações, das quais as maiores são a Soil Association e a Organic Farmers and Growers. Todos os organismos certificados estão sujeitos aos regulamentos da United Kingdom Register of Organic Food Standards, ligados à legislação da União Europeia. Na Suécia, a certificação biológica é realizada pela Krav. Na Suíça, o controle é feito pelo Instituto Biodinâmico.

12.Motivos para se consumirem produtos biológicos.

Valor nutritivo: cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos são capazes de melhor qualidade quanto ao teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas, são capazes de saciar graças ao equilíbrio dos seus constituintes.

 

Biodiversidade: a diminuição da diversidade biológica é um dos principais problemas ambientais dos dias de hoje. A Agricultura Biológica perpetua a diversidade das sementes e das variedades locais, recusa os OGM que põem em perigo numerosas variedades de grande valor nutritivo e cultural.

 

Sabor: nos solos regenerados e fertilizados organicamente, as plantas crescem saudáveis e desenvolvem, da melhor forma, o seu verdadeiro aroma, as suas autênticas cor e sabor, os quais permitem redescobrir o verdadeiro gosto dos alimentos originalmente não processados.


Harmonia: a Agricultura Biológica respeita o equilíbrio da Natureza e contribui para um ecossistema saudável. O equilíbrio entre a agricultura e a floresta as rotações das culturas, etc. Permitem a preservação de um espaço rural capaz de satisfazer as gerações vindouras.

 

Garantia de saúde: numerosos pesticidas, proibidos em determinados países devido à sua toxicidade, continuam a ser utilizados, por vezes vendidos ilegalmente e obtidos por contrabando. Os estudos toxicológicos reconhecem as relações existentes entre os pesticidas e certas patologias, como o cancro, as alergias e a asma.

 

Comunidades rurais: a Agricultura Biológica permite a revitalização da população rural e restitui aos agricultores a verdadeira dignidade e o respeito que lhe são merecidos, da população em geral pelo seu papel de guardião da paisagem e dos ecossistemas agrícolas.

 

Água pura: a prática de agricultura ecológica, que não utiliza produtos perigosos nem grandes quantidades de azoto que contaminam os lençóis de água potável, é uma garantia permanente da obtenção de água pura nos tempos futuros.

 

Educação: a Agricultura Biológica é uma grande escola prática de Educação Ambiental. Ela apresenta um modelo de desenvolvimento sustentável no meio rural, deveras promissor para todos os jovens a quem, um dia, caberão as tomadas de decisão da sociedade.

 

Certificação: os produtores agro biológicos seguem um caderno de normas rigoroso, controlado por organismos de certificação segundo regras internacionais reconhecidas, hoje em dia, pelos governos de inúmeros países.

 

Emprego: graças à dimensão humana que estas explorações assumem, às práticas ecológicas e à gestão adequada dos recursos locais. Os produtores agro biológicos geram oportunidades de criação de empregos permanentes e dignos.

13.Alimentos transgénicos.

São alimentos cujo embrião foi modificado em laboratório, pela inserção de pelo menos um gene de outra espécie. Alguns dos motivos de modificação desses alimentos são para que as plantas possam resistir às pragas (insectos, fungos, vírus, bactérias,) e a herbicidas. O mau uso de pesticidas pode causar riscos ambientais, tais como o aparecimento de plantas resistentes a herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água. Porém, deve-se ressaltar que o uso de herbicidas, insecticidas e outros agros tóxicos diminui imensamente com o uso dos transgénicos, já que eles tornam possível o uso de produtos químicos correctos para o problema. Uma lavoura convencional de soja pode utilizar até 5 aplicações de herbicida, enquanto uma lavoura transgénica Roundup Ready (resistência ao herbicida glifosato) utiliza apenas 1 aplicação.

 

 

 

 

14.Alguns aspectos positivos dos alimentos transgénicos.

Pontos positivos:
         Aumento de produção
         Melhoria do conteúdo nutricional, desenvolvimento de nutricionismos (alimentos que teriam fins terapêuticos).
         Maior resistência e durabilidade no armazenamento.

 

15.Alguns aspectos negativos dos alimentos transgénicos.

Pontos negativos:

Aumento das reacções alérgicas;

Aumento da resistência aos pesticidas gerando maior consumo deste tipo de produtos.

 

Perigos na saúde pública:

A introdução de novos genes nos produtos alimentares pode ter consequências imprevisíveis para os humanos. O certo é que a modificação de uma cadeia de A.D.N. implica sempre efeitos secundários e imprevisíveis, podendo originar novas doenças e alergias. Há alguns anos 37 pessoas morreram e milhares ficaram a sofrer de uma doença muito rara que afecta o sistema imunitário, depois de terem consumido um suplemento alimentar produzido a partir de uma bactéria transgénica.

16.Conclusão.

A actividade agrícola continua a ser fundamental em todos os países e todas as sociedades. É da Agricultura que a humanidade tira quase a totalidade da sua alimentação comestível sem necessidade de transformação industrial, seja através da produção de matérias-primas para a indústria alimentar.

Conforme exemplifiquei, concluímos que a agricultura em vários países têm características e hábitos diferentes mas ambas têm uma importância significativa para todos nós, vimos que a agricultura é um meio indispensável para a sobrevivência do ser humano, pois se esta não existisse não haveriam alimentos saudáveis como os legumes e os frutos e todos nós morreríamos.

A agricultura tem características e factos que nós não damos muita importância, mas ela é muito importante, pois sem ela não haveria vida na terra.

 

 

17.Reflexão sobre a Aprendizagem.

Todos os assuntos que foram abordados no Módulo de STC6-DR2, sobre o tema geral do núcleo/domínio “A Agricultura”, foi realmente de uma particular importância e atribuição, por serem assuntos do meu ponto de vista muito interessantes, visto que, todos os dias usufruímos destes bens essenciais para a nossa saúde.

 

Sobre os conhecimentos que anteriormente tinha eram realmente alguns, mas não tão especificadamente como agora tenho pelo modo como todos eles foram explorados detalhadamente de forma a englobar todas as actividades e sectores referentes à Agricultura, e à riqueza orgânica que a terra explorada e trabalhada pelo homem através dos seus alimentos nos proporciona.

 

Deste modo, enumero vários temas que foram debatidos no decorrer das sessões, e que com a realização de propostas de trabalhos pelo professor/formador Carlos Moas contribuíram para que a minha aprendizagem se tornasse mais enriquecedora, podendo mesmo afirmar, que todos estes assuntos me marcaram pela positiva.

Aprendi que na “Agricultura” existem diferentes tipos de culturas e como elas funcionam, bem como, as influências que a agricultura sofre em Portugal devido ao clima, que relevam tradições culturais, do solo, e do desenvolvimento tecnológico e científico.

Na generalidade dos temas como, a Agricultura e sua Dependência; Sector da Economia em que se Insere a Agricultura; Evolução da Agricultura; Caracterização da Agricultura Tradicional; Tipos de Agricultura Tradicional; Caracterização da Agricultura Moderna; a Evolução da agricultura em Portugal; os Impactos Ambientais Causados pela Agricultura; a Agricultura Biológica; os Alimentos Transgénicos e alguns dos aspectos positivos e negativos da agricultura orgânica ou biológica.

Todos estes temas, bem como, as máquinas utilizadas para a produção de todos estes bens essenciais foram alguns dos assuntos explorados e debatidos.

 

 

Com todos estes novos conhecimentos e aprendizagens que adquiri, certamente que tiveram grande influência na minha vida.O facto de agora ser conhecedor da importância orgânica dos alimentos sendo biológicos ou não que têm para a minha saúde, faz-me repensar quanto ao consumo daqueles menos aconselhados que outrora era por vezes consumidor.

 

Referentemente às dificuldades que tive no decorrer deste módulo, poderei dizer que não foram dificuldades acentuadas porque a metodologia que o professor/formador Carlos Moas adopta nas sessões de STC é realmente fantástica.

É um professor/formador que se exprime muito bem e utiliza um vocabulário de um bom entendimento para com os formandos, fazendo passar a mensagem com muita clareza e desta forma os conteúdos e os objectivos a serem adquiridos tornam-se com mais facilidade a serem compreendidos.

A sua coerência utilizada na abordagem dos conteúdos é muito boa e desta forma afirmo o meu contentamento pela aprendizagem que ele me tem proporcionado pela sua forma de ensinar.

    

 

18.Fontes / Bibliografia.

2.(consulta:13/03/2011): Http://aeiou.expresso.pt/

3.(consulta:13/03/2011): Http://aeiou.expresso.pt/

4.(consulta:13/03/2011): Http://dalmeida.com/ensino/historia.htm

5.(consulta:13/03/2011): Http://www.notapositiva.com

6.(consulta:13/03/2011): Http://www.notapositiva.com

7.(consulta:13/03/2011): Http://www.notapositiva.com

8.(consulta:13/03/2011): Www2.eb23-armacao-pera.rcts.pt/

9.(consulta:13/03/2011): Http://fesrvsd.fe.unl.pt/WPFEUNL/WP2000/

10.(consulta:13/03/2011): Http://profalexandre2009.1accesshost.com

11.(consulta:13/03/2011): Http://www.notapositiva.com

12.(consulta:13/03/2011): Http://www.merceariabio.pt

13.(consulta:13/03/2011): Http://pt.wikipedia.org/wiki/Transg

14.(consulta:13/03/2011): Http://pt.wikipedia.org/wiki/Transg

15.(consulta:13/03/2011): Http://vidasnasombra.weblog.com.pt/