Ricardo Fernandes-DR2

 

Formando: Ricardo Fernandes 

Formador: Carlos Moás

Data: 7 de Novembro de 2010

 

Índice

A evolução da Agricultura. 3

História. 3

Política agrícola. 5

Economia agrícola e ecologia. 5

Sistemas agrícolas 5

Plantas domésticas 6

Problemas ambientais 6

Sectores da Economia. 7

Evolução da Agricultura em Portugal 7

Agricultura Tradicional 8

Agricultura moderna. 10

Novos Tipos de agricultura. 10

Agricultura biodinâmica. 11

Agricultura orgânica. 11

Agricultura biológica. 11

Razões para consumir produtos de Agricultura Biológica. 12

Valor nutritivo. 12

Biodiversidade. 12

Sabor 12

Paisagem.. 12

Garantia de Saúde. 13

Comunidades Rurais 13

Água Pura. 13

Educação. 13

Certificação. 13

Emprego. 14

Tecnologia apropriada. 14

Agricultura ecológica. 14

Parmacultura. 14

Alimentos Transgénicos 15

Razões para não consumir alimentos transgénicos 15

Conclusão. 17

Webgrafia. 17

 

 

A evolução da Agricultura

 

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objectivo de
obter alimentos, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções,
medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética.

A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo lavrador aplica-se ao
proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a
pecuária ou ambos.

O prefixo agro tem origem no verbete latino agru
que significa "terra cultivada ou cultivável".

A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar as
técnicas agrícolas é a agronomia.

História

Há cerca de doze mil anos, durante a Pré-história, no período do neolítico ou
período da pedra polida, alguns indivíduos de povos caçadores-coletores notaram
que alguns grãos que eram coletados da natureza para a sua alimentação poderiam
ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas plantas
iguais às que os originaram.

Essa prática permitiu o aumento da oferta de alimento dessas pessoas, as plantas
começaram a ser cultivadas muito próximas uma das outras. Isso porque elas
podiam produzir frutos, que eram facilmente colhidos quando amadurecessem, o
que permitia uma maior produtividade das plantas cultivadas em relação no seu
habitat natural.

Logo, as frequentes e perigosas buscas à procura de alimentos eram evitadas. Com o
tempo, foram seleccionados entre os grãos selvagens aqueles que possuíam as
características que mais interessavam aos primeiros agricultores, tais como
tamanho, produtividade, sabor etc.

Assim surgiu o cultivo das primeiras plantas domesticadas, entre as quais se inclui o
trigo e a cevada.

O início das actividades agrícolas separa o período neolítico do imediatamente
anterior, o período da idade da pedra lascada.

Como é anterior à história escrita, os primórdios da agricultura são obscuros, mas
admite-se que ela tenha surgido independentemente em diferentes lugares do
mundo.

Durante o período neolítico, as principais áreas agrícolas estavam localizadas nos
vales dos rios Nilo (Egipto), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia, actualmente
conhecida como Iraque) e rios Amarelo e Azul (China).

Há registos de cultivos em pelo menos três regiões diferentes do mundo em épocas
distintas: Mesopotâmia (possivelmente pela cultura Natufiana), América Central
(pelas culturas pré-colombianas) e nas bacias hidrográficas da China e da
Índia.

Mudanças no clima ou desenvolvimentos da tecnologia humana podem ter sido as razões
iniciais que levaram à descoberta da agricultura.

A agricultura permite a existência de aglomerados humanos com muito maior
densidade populacional que os que podem ser suportados pela caça e colecta.
Houve uma transição gradual na qual a economia de caça e colecta coexistiu com
a economia agrícola: algumas culturas eram deliberadamente plantadas e outros
alimentos eram obtidos da natureza.

A importância da prática da agricultura na história do homem é tanto elogiada
como criticada: enquanto alguns consideram que foi o passo decisivo para o
desenvolvimento humano, críticos afirmam que foi o maior erro na história da
raça humana.

Por um lado, o grupo que se fixou na terra tinha mais tempo dedicado a actividades
com objectivos diferentes de produzir alimentos, que resultaram em novas
tecnologias e a acumulação de bens de capital, daí o aculturamento e o aparente
melhoramento do padrão de vida. Por outro, os grupos que continuaram
utilizando-se de alimentos nativos de sua região, mantiveram um equilíbrio
ecológico com o ambiente, ao contrário da nova sociedade agrícola que se
formou, desmatando a vegetação nativa para implantar a monocultura, na procura
de maior quantidade com menor variedade, posteriormente passando a utilizar
pesticidas e outros elementos químicos, causando um grande impacto no solo, na
água, na fauna e na flora da região.

Além de alimentos para uso dos seres humanos e de seus animais de estimação, a
agricultura produz mercadorias tão diferentes como flores e plantas
ornamentais, fertilizantes orgânicos, produtos químicos industriais (látex e
etanol), fibras (algodão, linho e cânhamo), combustíveis (madeira para lenha,
etanol, metanol, biodiesel).

A electricidade pode ser gerada de gás metano a partir de resíduos vegetais
processados na queima de madeira especialmente produzida para produção de
biomassa (através do cultivo de árvores que crescem rapidamente, como por
exemplo, algumas espécies de eucaliptos).

Do ponto de vista técnico e científico, a evolução da agricultura é dividido em três
etapas principais: Antiga, Moderna e Contemporânea.

 

Política agrícola

Política agrícola foca as metas e os métodos de produção da agricultura. A este nível,
estas metas incluem, entre outros assuntos:

      
Higiene alimentar, que é a procura de uma produção de alimentos livres de contaminações de
qualquer natureza.

      
Segurança alimentar, que visa à quantidade de alimento produzida de acordo com as
necessidades da população.

      
Qualidade alimentar, ou seja, produção de alimentos dentro de padrões mínimos necessários
à nutrição.

 

Economia agrícola e ecologia

A agricultura nos dias actuais pode ser vista por várias ópticas.

Pela óptica conservadora, a agricultura obedece aos conceitos cartesiano, simplista
e reducionista. Estes conceitos são necessários para entender o funcionamento
de cada fase do mecanismo cíclico agrícola, que vai desde o preparo do terreno
até a comercialização dos produtos propriamente ditos, e destes retornando em
forma de investimento monetário para a expansão ou manutenção dos meios de produção.

Já pela óptica sistémica, a agricultura é vista como um processo que sofre e
exerce pressões sobre os seus integrantes. Existe a preocupação com o fluxo de
energia, de onde vem e para onde vai. São considerados aspectos muitas vezes de
difícil medição, tais como: o valor da fertilidade do solo, o tempo de
produção, os aspectos culturais que envolvem os actores inseridos dentro do
sistema de produção, entre outros.

Neste contexto surge o conceito de agro-ecossistema. O patenteamento de sementes (e
os conflitos em relação ao património genético), a poluição das águas
superficiais com resíduos de fertilizantes e pesticidas (herbicidas, insecticidas
e fungicidas), a alteração genética de plantas e animais, a destruição de
habitats (com a consequente extinção de espécies animais, vegetais e de
microrganismos), têm criado um movimento ecológico que prega a necessidade de
métodos alternativos de produção (como a agricultura orgânica e a
permacultura).

 

Sistemas agrícolas

Existem dois tipos, o intensivo e o extensivo.

A agricultura comercial visa à produção de renda financeira através da produção
de plantas e animais que são demandados no mercado. Utiliza o sistema
intensivo, com a utilização de máquinas e fertilizantes, tem uma tecnologia de
ponta, acarretando em altos índices de produtividade.

A agricultura de subsistência é aquela que produz alimento suficiente para as
necessidades do proprietário da terra, e sua família. Utiliza o sistema
extensivo, com técnicas como queimada, utiliza a mão-de-obra, acarretando em um
baixo índice de produtividade.

 

Plantas domésticas

A selecção genética das plantas foi feita inicialmente com o objectivo de
aumentar sua produtividade e melhorar seu sabor e valor nutricional. Mais
recentemente, técnicas modernas como a engenharia genética têm sido usadas para
modificar os aspectos constitucionais das plantas naturais. As culturas
principais são trigo, milho, arroz, soja e o sorgo.

Problemas ambientais

      
Efeitos nocivos de herbicidas, fungicidas, pesticidas e outros biocidas para o ambiente.

      
Conversão de ecossistemas naturais em terra arável.

    
Degradação da biodiversidade.

      
Erosão.

     
Ervas daninhas.

Sectores da Economia

      
Sector primário:
abrange as actividades rurais como agricultura, pecuária e indústrias
extractivas.

      
Sector secundário:
corresponde às actividades industriais, indústria de transformação.

      
Sector terciário:
inclui todos os serviços, comércio, bancos, transportes, seguros, educação,
etc.

      
Sector quaternário:
engloba as actividades digitais, informática, multimédia, telecomunicações.

 

O sector primário, onde se insere a agricultura, é o conjunto de actividades
económicas que extraem e ou produzem matéria-prima. Isto implica geralmente a
transformação de recursos naturais em produtos primários. Muitos produtos do
sector primário são considerados como matérias-primas levadas para outras
indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. As
indústrias fabris em sentido diversificado, que agregam, embalam, empacotam,
purificam ou processam as matérias-primas dos produtores primários, normalmente
consideram-se parte deste sector, especialmente se a matéria-prima é inadequada
para a venda, ou difícil de transportar a longas distâncias.

 

Até à entrada de Portugal na CEE/UE, a agricultura caracterizava-se por apresentar
uma fraca mecanização, baixa produtividade e rendimento, propriedades muito
divididas (minifúndios), apresentando os agricultores uma deficiente preparação
técnica, trabalhando a terra de uma forma tradicional, onde os principais produtos
cultivados eram produtos tradicionais voltados para a exportação (o tomate,
vinho, oliveira e sobreiro).

 

Evolução da Agricultura em Portugal

Após a adesão de Portugal à CEE/UE, verificou-se um desenvolvimento na nossa
agricultura, fruto do investimento efectuado, tendo por base os fundos
comunitários assistindo-se, desta forma, a um aumento da produtividade e
rendimento agrícola, assente numa maior mecanização, no emparcelamento das
parcelas, na formação técnica dos agricultores, bem como na investigação
agrária. Contudo, surgiram alguns problemas, como o aumento do desemprego ou a
dificuldade em fazer escoar as nossas produções em função de uma forte
concorrência por parte de outros produtos agrícolas vindos de outros países da
EU.

A busca do aumento da produtividade e conservação de recursos naturais ao longo
da modernização tem trazido benefícios na forma de melhoria na produção de
alimentos e, de alguma forma, na conservação de recursos. Mas o custo dessa
modernização tem gerado problemas sociais e ambientais, tais como uma crescente
poluição pelo uso intensivo de agro-químicos, causando danos expressivos à
saúde humana.

Um sistema integrado de manejo agrícola deve requerer um mínimo de componentes
externos, de modo a minimizar os impactos ambientais. Citam-se, como exemplo, o
aproveitamento de resíduos das culturas na alimentação animal ou na
incorporação ao solo; o esterco retornado ao solo de modo balanceado para que
possa ser usado adequadamente pelas plantas; a adopção de leguminosas que fixam
nitrogénio atmosférico; o uso de árvores para sustentação da estrutura do solo,
e ao mesmo tempo, o seu uso como ração animal, energia e protecção das culturas
adjacentes. Nesse sistema de produção, os componentes são complementares entre
si, fazendo parte de uma cadeia produtiva, com baixa produção de resíduos para
descarte.

 

Agricultura Tradicional

A agricultura tradicional é um tipo de agricultura
praticada em minifúndio (ou seja numa pequena propriedade), pratica a
policultura (ou seja o cultivo de vários produtos no mesmo local).

Este tipo de agricultura utiliza técnicas rudimentares,
artesanais e ancestrais. Tem como destino de produção o auto consumo e
subsistência das famílias que a praticam. Tem um baixo rendimento e
produtividade agrícolas.

Na agricultura tradicional ou de subsistência, a
percentagem de população é elevada, de carácter familiar, fracos conhecimentos
técnicos por parte do agricultor, instrumentos de trabalho simples e
rudimentares, baixo rendimento e produtividade, destina-se a auto-consumo,
fraco investimento de capitais, sistema de economia agrícola fechado, terra
trabalhada de uma forma descontínua e intensiva, extensivamente, predomina a
policultura.

Em muitas regiões da terra existem práticas da
agricultura assentes nas técnicas ancestrais completamente dependentes das
condições naturais, é chamada por isso de agricultura de subsistência cujas
características são:

    
Elevada percentagem
de população agrícola. Os activos destes países menos desenvolvidos ultrapassam
os 70%;

    
O facto das tarefas
agrícolas serem exclusivamente manuais ou através de animais, vê-se pela
ausência de maquinarias;

      
A produção para a
auto-suficiência, pois estes não exportam as suas plantações para os mercados
ou se por vezes exportarem, é em quantidades reduzidas;

      
Organizações de
tipo familiar ou tribal das explorações, com as tarefas sendo feitas pelos
vários elementos desta;
  
Policultura, para possibilitarem a produção de vários e diversos tipos de produtos anuais e assim
respondendo às necessidades da família ou do grupo;

      
Agricultura extensiva, ou seja, o elevado número de terras incultas, já que a ocupação do
espaço é apenas a necessária para a auto-suficiência do grupo;

      
A falta de conhecimento dos agricultores que utilizam técnicas agrícolas primitivas e
recorrem quer a instrumentos, quer a técnicas arcaicas e isto provoca baixa
produtividade.

 

Vejamos alguns exemplos:

      
A agricultura itinerante sobre queimada, é a forma de agricultura mais primitiva, pratica-se
nos países em vias de desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, nas
áreas de floresta e savana. Existe nomeadamente nas áreas de fraca densidade
populacional. Este processo de cultivo consiste na queimada da floresta para o
arroteamento de terás e aproveitamento de cinzas. A organização das terras é
comunitária, as técnicas e os instrumentos são arcaicos e em relação ao número
de culturas é Policultura.

      
A agricultura sedentária de sequeiro – desenvolve-se nas regiões de maior densidade
populacional, no continente africano. A fertilização dos solos é feita com o
recurso da criação de gado, aproveitando adubo natural (estrume) destes.

      
A agricultura de oásis – verifica-se no norte de África, nas regiões de oásis, caracteriza-se
pela intensidade de ocupação do solo, no sistema Policultura e na extrema
divisão da propriedade.

 

Agricultura moderna

A agricultura moderna tem como principal objectivo o
maior número de produção possível abastecendo os vários circuitos comerciais,
para isso houve uma enorme evolução e modernização desta, começando pelos
fertilizantes, maquinarias e até mesmo o modo de trabalho mais moderno. Recai
principalmente nos países industrializados da Europa como: América do Norte,
Japão, Austrália e Nova Zelândia, recaindo também na Argentina e África do Sul.

 

A agricultura moderna apresenta as seguintes
características:

      
Agricultura de mercado – é principalmente nos agricultores bem informados que saibam qual é o
modo de cultivo mais adequado de maneira a obter o maior lucro possível.
Actualmente os agricultores são empresários e frequentam cursos de formação.

      
A agricultura mecanizada – é onde todo o processo de produção é feito mecanicamente.

      
Agricultura científica – utiliza técnicas extremamente sofisticadas como uso de
fertilizantes, sistemas de irrigação adequados às culturas, correcção dos
solos, atribuindo-lhes produtos químicos para corrigir as suas características,
uso de estufas e selecção de sementes.

      
Agricultura especializada – existente nas regiões de exploração agrícola com produções
adaptadas ao clima, relevo e solo com o objectivo de produzir o máximo com
menor custo, havendo uma elevada produtividade.

      
Agricultura ligada à indústria – fornece a esta actividade matérias-primas, ou seja, são
indústrias relacionadas com a actividade agrícola, uma vez que, transformam
produtos agrícolas ou a conservação destes.

 

Novos Tipos de agricultura

Hoje a agricultura moderna apresenta, várias formas
diferentes de cultura, semelhantes entre si:

 

 Agricultura biodinâmica

Baseada no pensamento de Steiner, que relaciona a terra, as plantas, o homem e as
forças que compõem o esotérico - astral e actividade do ego da natureza. Para
Steiner os astros influenciam as plantas que, por sua vez, possuem estreita
ligação com o ser humano, que delas depende. Ao consumir vegetais e animais
resultantes de uma boa e equilibrada composição dos agentes nutricionais -
energéticos, também o homem adquire equilíbrio.

Agricultura orgânica

Baseada nos ensinamentos de Howard, que por sua vez tem
raízes nas práticas agrícolas dos camponeses hindus, admite que "a
verdadeira fertilidade dos solos deve estar assentada sobre um amplo suprimento
de matéria orgânica e principalmente na manutenção de elevados níveis de húmus
no solo".

Howard criou o "Processo Indore" de compostagem e pioneiramente chamou a
atenção para a importância das “micorrizas”, tema que a ciência só viria
retomar 50 anos mais tarde.

Agricultura biológica

Baseada no trabalho do francês Claude Aubert, autor do livro "L`Agriculture
Biologique", no qual demonstra a irracionalidade dos métodos agrícolas
propostos pela moderna ciência agrícola e demonstra os princípios fundamentais
da agricultura biológica.

Razões para consumir produtos de
Agricultura Biológica

Valor nutritivo

Cultivados em solos equilibrados por fertilizantes naturais, os alimentos biológicos
possuem maior teor em vitaminas, minerais, hidratos de carbono e proteínas,
contribuindo para uma alimentação mais saudável.

 

Biodiversidade

A diminuição da diversidade biológica é um dos principais problemas ambientais
dos dias de hoje. A Agricultura Biológica preserva as variedades locais, e não
utiliza sementes geneticamente modificadas (OGM), que põem em perigo, devido a
poluição genética, numerosas variedades de grande valor nutritivo e cultural.

 

Sabor

Em solos férteis, graças a uma fertilização natural, as
plantas crescem saudáveis e desenvolvem o seu verdadeiro aroma, cor e sabor,
permitindo redescobrir o verdadeiro gosto dos alimentos.

Paisagem

A Agricultura Biológica respeita o equilíbrio da
Natureza e contribui para um ecossistema saudável. O equilíbrio entre a
agricultura e a floresta, as rotações das culturas, etc. permitem a preservação
de um espaço rural capaz de satisfazer as gerações vindouras.

 

Garantia de Saúde

Numerosos pesticidas proibidos em determinados países
devido à sua toxicidade continuam a ser utilizados, por vezes vendidos
ilegalmente e obtidos por contrabando. Os estudos toxicológicos reconhecem as
relações existentes entre os pesticidas e certas patologias, como o cancro, as
alergias e a asma. Na Agricultura Biológica não são aplicados às culturas
pesticidas de síntese.

 

Comunidades Rurais

A Agricultura Biológica permite a revitalização dos
meios rurais e restitui aos agricultores a verdadeira dignidade e o respeito
que lhes são merecidos, pelo seu papel na manutenção da paisagem e dos
ecossistemas agrícolas.

 

Água Pura

A prática de agricultura biológica, onde não se aplicam
pesticidas nem fertilizantes de síntese que contaminam os lençóis de água
potável, garante a não contaminação da água e a sua preservação para as
gerações vindouras.

 

Educação

A Agricultura Biológica é uma grande escola prática de
Educação Ambiental. Ela apresenta um modelo de desenvolvimento sustentável no
meio rural, deveras promissor para todos os jovens que serão, um dia, os
futuros decisores.

Certificação

Os produtores agro-biológicos seguem um caderno de
normas rigoroso, controlado por organismos de certificação segundo regras
internacionais reconhecidas.

 

Emprego

Graças à dimensão humana que estas explorações assumem,
às práticas ecológicas e à gestão adequada dos recursos locais, a Agricultura
Biológica gera oportunidades de criação de empregos permanentes e dignos.

 

Tecnologia apropriada

Movimento que segue a recomendação do alemão Ernest F. Schumacher, autor do livro" O negócio é
ser pequeno", onde afirma que a tecnologia dos países avançados, em vez de
trazer progresso, traz desgraças aos países pobres, por gerar desequilíbrios e
injustiças sociais. Para os seguidores desse movimento, é importante que haja
uma tecnologia apropriada para uma condição apropriada.

 

Agricultura ecológica

Baseada no trabalho do agrónomo José Lutzemberger e nas experiências do casal Artur e Ana Primavesi,
contrariando frontalmente as recomendações emanadas da agricultura moderna.
Foram eles os primeiros a denunciar o manejo irracional do solo tropical ao se
praticar nele a mesma agricultura de clima temperado. Hoje se reconhece o
desperdício havido com as tabelas de adubação aplicadas no Mundo. O trabalho do
casal Primavesi quebrou o que era tido como heresia e tornou vitoriosa a tese
da necessidade de um tratamento diferente para solos em diferentes condições de
clima.

 

Parmacultura

É a que segue os quatro princípios de Fukuoka: não arar, não revolver o solo para
não ofendê-lo; não utilizar fertilizantes químicos ou compostos; deixando que
as plantas e animais (microrganismos) trabalhem livremente sobre o solo; nem
usar herbicidas, mas controlar as invasoras através de métodos naturais ou
cortes; não usar agrotóxicos: as pragas e as doenças possuem seus controles
naturais.

 

Alimentos Transgénicos

São alimentos cujo embrião foi modificado em laboratório, pela inserção de pelo
menos um gene de outra espécie. Alguns dos motivos de modificação desses
alimentos são para que as plantas possam resistir às pragas (insectos, fungos,
vírus, bactérias, entre outros) e a herbicidas. O mau uso de pesticidas pode
causar riscos ambientais, tais como o aparecimento de plantas resistentes a
herbicidas e a poluição dos terrenos e lençóis de água. Porém, deve-se
ressaltar que o uso de herbicidas, insecticidas e outros agrotóxicos diminui
imensamente com o uso dos transgénicos, já que eles tornam possível o uso de
produtos químicos correctos para o problema.

 

Razões para não consumir alimentos
transgénicos 

      
Ainda hoje não existem dados produzidos por pesquisa que indicam o impacto causado pelo
consumo de transgénicos em seres humanos. O que existe são dados científicos
possibilitados pela pesquisa com outros animais, como ratos, por exemplo, os
quais, por sua vez, servem de bom argumento para rejeição de tais alimentos.
Mesmo, embora, os transgénicos sendo largamente consumidos e a falta de
informação nos rótulos impede, por sua vez, não só que as pessoas escolham ou
não consumi-los, como, concomitantemente qualquer pesquisa de impacto que o
consumo de tais excrescências venha a ocasionar a saúde humana.

      
Os seus efeitos sobre o meio ambiente e sobre culturas agrícolas não -transgénicas são
alarmantes. Em Fevereiro de 2008, o jornal espanhol El País aponta que o milho
transgénico estava contaminando, acabando com os cultivos de milho ecológico na
Espanha. A contaminação acontece pela polinização disseminada pelos ventos e o
grande perigo que se corre dá-se em causa da extinção de variedades não
transgénicas e da dependência dos produtores agrícolas das multinacionais na mesma
medida em que essa homogeneização ocorre, dado que as variedades transgénicas
não se reproduzem bem na segunda geração e a produtividade sofre um impacto
directo.

      
 As pesquisas com sementes e produtos transgénicos realizadas pelas multinacionais da biotecnologia visam apenas o
lucro. Logo, não participa da consideração das mesmas o impacto que o consumo e
a cultura de tais variedades venham a ocasionar ao meio ambiente e a saúde de
humanos e animais. O que importa a essas multinacionais é o controlo e o
monopólio do mercado de sementes e, por conseguinte, o de agrotóxicos
produzidos por cada qual e fundamentalmente necessários para a produtividade da
lavoura transgénica.

      
Não há nenhuma prova concreta de que as sementes transgénicas são mais produtivas e adequadas
ao equilíbrio da natureza do que as sementes normais, melhoradas e
desenvolvidas pelos agricultores de acordo com os microclimas e as culturas.

      
Cerca de 97% das sementes transgénicas existentes no mercado têm sua utilização e produtividade
unidas com o uso de algum tipo de agrotóxico, herbicida, insecticida, etc.
Esses venenos prejudicam o meio ambiente.

      
Muitas sementes transgénicas possuem o componente terminador, que as esteriliza para utilização
como sementes no ano seguinte. Isso obriga os agricultores a ficarem
dependentes da empresa fornecedora. São as chamadas sementes suicidas.

      
O monopólio da biotecnologia e o uso dos transgénicos estão levando a um processo de controlo
das sementes em todo o mundo, por 10 grandes corporações multinacionais. Na
década de 1970, 7 mil indústrias produziam sementes no mundo. Em 2006, as 10
maiores corporações do sector abocanharam 57% do mercado de vendas, sendo que
as três maiores (Monsanto, Dupont e Syngenta) ficaram com 39%. A Monsanto, por
exemplo, é líder mundial de sementes transgénicas e controla sozinha 88% do
mercado global de transgénicos.

      
O impacto social da cultura de variedades transgénicas é do mesmo modo arrasador. A massificação do
uso de sementes transgénicas vai impor uma padronização dos tipos de alimento
em todo o mundo, ferindo as culturas locais e trazendo consequências futuras
inimagináveis. Atrelada a grande produção o modelo de apropriação de terras que
prevê é o latifúndio voltado para exportação, expropria famílias do campo,
promove o êxodo rural, a precarização da vida humana e a perseguição e
extermínio de trabalhadores rurais no campo. Todos esses são fenómenos
observáveis em nossa realidade há um tempo.

      
Os transgénicos não vão acabar com a fome do mundo. Existem estudos que apontam que a produção de
alimentos no mundo é 5 vezes superior ao consumo humano e isso não se deve a
produção de alimentos transgénicos. Mesmo considerando que há um grande
montante orientado para a engorda de animais de corte o problema é a própria
categorização do alimento como mercadoria, o que, por sua vez, cria
dificuldades de acesso a este direito primordial. Dentro da estrutura
capitalista a desproporcional e acentuada má distribuição da renda no país
agrava ainda mais tal quadro.

  
É possível com sementes e alimentos sadios proporcionar alimento saudável para toda
humanidade, respeitando o meio ambiente e livre de transgénicos.

 

Conclusão

 

Concluí que a agricultura nos vários países têm características e hábitos diferentes
mas ambas têm uma importância significativa para todos nós, vimos que a
agricultura é um meio indispensável para a sobrevivência do ser humano, pois se
esta não existisse não haveriam alimentos saudáveis como os legumes e os frutos
e todos nós morreríamos.

Dou por concluído o meu trabalho salientando que a agricultura tem características
e factos que nós não damos muita importância, mas ela é muito importante, pois
sem ela não haveria vida na terra.

 

Webgrafia

https://www.agrobio.pt/razoes_consumir_ab.php

https://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/geografia/geografia_trabalhos/agricmodtrad.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Setor_prim%C3%A1rio

https://pt.wikipedia.org/wiki/Transg%C3%AAnese

https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura



Fonte de Imagens: Google Imagens